LAURA ZÚÑIGA
( Brasil – Rio de Janeiro )
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1978.
É bacharel sem Português – literatura pela UFRJ, cursando licenciatura (em 2005) na mesma área.
Trabalha com revisão de textos se pesquisas no campo de Teoria Literária.
POESIA SEMPRE – Ano 13 – Número 20 – Editor Luciano Trigo. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2005. 264 p. No. 10 385
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA
Mundiar
O silêncio de até este instante,
Tão penetrante
Tornou-se um
Envolvente emaranhado
de sons
Mas um
Emaranhado que, em não sendo o silêncio
Agride
A translúcida tarde
Ou o seu fim
Porque o caminho até então
Solitário
Como meu rio
Carregando as folhas que nele caem
Em um eterno murmúrio
Tornou-se múltiplo
E poeirento
Imprimindo
No percurso asséptico
Marcas indesejáveis
Pelo simples interferir
Prefiro passar
E quedar
E restar
A envolver-me pelo som
Envolvente
E estridente
Refratário
E desnorteante.
A suspensão será temporária
Mas sua impressão
Revolverá as pedra
Do fundo de meu rio
Em uma interferência indelevelmente
Tenaz.
*
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Página publicada em maio de 2025.
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